sexta-feira, 13 de março de 2009

CAPÍTULO XI (CONTINUAÇÃO)

Sabia que não era prudente sair com seu carro para não ser seguida. Correu até a rua principal e conseguiu um taxi. Pediu que ele fosse até a estrada e desceu quase na metade dela. Não queria deixar nenhuma pista e, assim que o carro sumiu de vista, ela começou a andar procurando um motel qualquer. Já estava anoitecendo e a estrada estava escura e deserta. Tentou não pensar no medo que fazia seu coração bater acelerado. Enfim, avistou um motel a sua frente. Antes de entrar, porém, pegou de dentro da bolsa um lenço para esconder os cabelos e pôs os óculos escuros.
Quando já estava no quarto, trancou a porta com a chave e fez a ligação para Dario, que já se encontrava na metade do caminho. Para espantar o medo e a ansiedade, tomou um banho rápido e vestiu o roupão do motel. Sentou-se na cama e pegou o relatório escrito por sua mãe para ler.
Alguns minutos depois, Serena percebeu que já tinham provas suficientes para acabar com essa máfia. Só no relatório de sua mãe haviam fatos detalhadamente documentados e fotografados de 5 vítimas inocentes. Pessoas com muito dinheiro pagavam por órgãos compatíveis. Algumas vítimas eram ludibriadas por pessoas do esquema que se aproximavam para ganhar confiança, muitas vezes havendo envolvimento íntimo. Depois eram dadas como desaparecidas e os médicos atestavam morte natural, quando o corpo era encontrado. Não havia nenhuma investigação aberta da morte das vítimas. Era um esquema muito bem elaborado e fechado. Todos eram corruptos até a alma.
Serena estava espantada e assustada com toda a história. Nunca imaginara houver algo assim numa cidade pequena como Vista Formosa. A mãe Marina havia tido muita coragem ao levar a investigação adiante. Ela guardou todos os papéis dentro de um envelope e pôs dentro de sua bolsa.

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