domingo, 2 de dezembro de 2007

CAPÍTULO VII (CONTINUAÇÃO)

Como se o mundo tivesse parado e só os dois estivessem vivos, os lábios duros de Dário encontraram os trêmulos e macios dela. Dessa vez não foi um beijo tranqüilo e, sim, uma explosão de sentimentos. Serena entreabriu um pouco a boca, como se buscasse ar, e sentiu que a língua quente dele invadia todo o seu interior aveludado, querendo conhecer todos os recantos escondidos.
Ficaram perdidos nesse encantamento quando Serena sentiu que as mãos dele percorriam a parte mais externa de sua perna e entraram na sua saia. Como se um alarme disparasse no fundo de sua mente, ela começou a ficar apreensiva.
─ Dário, por favor... não... ─ suplicou, mas sem forças.
─ Desculpe, querida, não quero assustá-la. Mas você me deixa louco assim. ─ respondeu se afastando dela e com um sorriso nervoso.
─ Você fica muito mais lindo... quando sorri... estava tão sério antes!
─ Vou me lembrar disso... vou tentar sorrir para te deixar feliz, Serena. Mas quando soube a verdade toda, fiquei com muito medo por você. Por mais que eu já soubesse que você me escondia algo, não imaginava que era isso. Acho que não adianta eu te pedir para se esconder, né?
─ Desculpe, Dário. Peça qualquer coisa, menos isso.
─ Eu imaginei. Vamos nos sentar mais confortavelmente na sala e quero que você me conte tudo.
E assim, Serena explicou toda a história da investigação da mãe, inclusive, o fato dela só ter descoberto tudo após a sua morte e a conversa com Marcos Wong. Propositalmente não quis comentar nada sobre os motivos que levaram Marina a se embrenhar nessa história perigosa. Não conseguia mencionar as maldades de seu próprio pai.

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