sábado, 30 de outubro de 2010

CAPÍTULO XVI (FINAL)

Entraram no quarto e, enquanto a colocava no chão delicadamente, fechou a porta com a mão livre. Sem saber como, ela se viu pressionada contra a porta, esmagada pelo corpo quente de Dario. Os lábios exigentes dele tomaram os dela e ela sentiu o mesmo fogo que o consumiu.
― Dario...― murmurou ela antes que se perdesse completamente a razão― Você me dá um minuto?
― Eu só queria tomar um banho e trocar essa roupa... estou o dia todo com ela.― explicou rapidamente.
― Quer companhia?― perguntou ele, sem soltar o corpo dela. A voz dele era muito sedutora.
Ela lembrou-se imediatamente dos momentos que viveram na casa de Dimitri no chuveiro e sentiu o corpo ficar trêmulo.
― Dessa vez não... estou precisando me refrescar primeiro
Serena sentiu que estava tensa enquanto a água escorria pela suas costas. Havia algo que ocupava uma pequena parte de sua mente, mas não deixaria isso a atrapalhar essa noite. Pensaria nisso depois.
Tirou de sua bolsa uma camisola que trouxera para dormir. Era bonita, mas não era muito sedutora. Não tinha muitas roupas assim e se perguntou se Dario sentia falta disso.
Deixando de lado tais pensamentos, pegou sua bolsa e saiu do banheiro. Quando entrou no quarto, Dario já tinha trocado de roupa e estava lendo alguma coisa na tela do computador. Usava apenas um short e sentiu que ruborizava um pouco ao ver aquele peito forte nu, como sempre acontecia. Para disfarçar, fechou a porta e colocou a sua bolsa no canto do quarto.
― Será que Lucas não está dando trabalho para sua mãe?

Dario lia um email que recebera com novas informações sobre Ricardo. Ele foi visto na cidade que Serena morava e foi reconhecido por um policial amigo. Mas o amigo estava à paisana e, quando tentou se aproximar, Ricardo fugiu e sumiu novamente.

“Ele nem tentou se disfarçar, Dario. Estava perto da antiga residência da sua amiga Serena. Melhor ter cuidado porque deve estar planejando algo. Se quer minha opinião, podemos usá-la como uma isca. Ela estará protegida e o pegaremos...”.

Dizia um trecho do email, deixando-o irritado. Seu amigo devia estar louco de sugerir algo assim. Mas antes que pudesse ler mais alguma coisa, Serena entrou no quarto usando apenas uma camisola. Desligou rapidamente a tela do monitor e observou ela. Serena tinha um encanto natural, não precisava de nada mais. Usava uma camisola preta curta e sem mangas, não era necessariamente sexy. Mas ela não precisava de nada disso para ser sensual. Ele ficava encantado com sua naturalidade e o jeito como suas bochechas ficava ruborizadas. Tinha quase certeza de que isso nunca iria acabar.
― Creio que não precisa se preocupar com isso. Estive pensando...
― Em que?― perguntou, aproximando-se. Tinha quase certeza de que ele ia voltar ao assunto que a atormentava e não queria falar sobre isso naquele momento.
Passou os braços ao redor do seu pescoço e o beijou lentamente, provocando-o. Sentiu que tinha vencido quando as mãos dele desceram por suas costas até pararem nas suas nádegas.
― Então?― perguntou ela, interrompendo o beijo.
Mas ele apenas murmurou algo e a abraçou novamente. O beijo dessa vez foi mais violento. Sua língua invadia a boca dela como se ela fosse desaparecer a qualquer momento. Sentiu quando ele tirou sua camisola e a levantou do chão para colocá-la na cama.
Serena agora sentia uma urgência crescente. Com as mãos trêmulas, desceu pelo peito forte até encontrar a prova de que ele estava tão excitado quanto ela. Sentiu que ele prendeu a respiração e deu um leve gemido.
― Assim não agüento, Serena...
― Não quero que agüente.
E ela não precisou pedir mais. Dario enterrou-se no corpo macio dela repetidas vezes até que ambos atingissem o clímax juntos.
― Eu te amo tanto, Dario...― murmurou ela, antes que seus olhos se fechassem cansados.
Dario ficou deitado ao seu lado o resto da noite, abraçando seu corpo e olhando para seu rosto adormecido. Ele ia perguntar se ela e Lucas não queriam morar com ele, mas Serena pareceu ter fugido da pergunta. E ele se perguntava se ela sabia de suas intenções ou foi apenas coincidência.

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