segunda-feira, 10 de novembro de 2008

CAPÍTULO VIII (CONTINUAÇÃO)

(...)Percebendo que não era mesmo o lugar certo, Dario caminhou na direção do outro policial. Serena ficou observando ele se afastar e não pôde deixar de sentir seu coração bater forte.
─ Serena, me dá o pão?
─ Claro... aqui está. Fica perto de mim, Lucas...
─ Serena?─ Mônica estava ao seu lado.
─ Oi Mônica, tudo bem?
─ Comigo está minha filha, mas você que não está bem. Você está abatida... tem se alimentado bem?
Serena não pôde deixar de sorrir para a bondosa senhora que a tratava com o carinho de uma mãe.
─ Estou bem sim... só alguns problemas... digamos pessoais.
─ E... esses problemas pessoais envolvem meu filho Dario? Acertei?
─ Minha filha, acho que posso ser sincera com você... se tem uma coisa que posso me orgulhar é não ser daquelas sogras chatas e intrometidas... mas também não posso ver meu filho sofrendo quieta.
─ Ele está sofrendo?─ perguntou num fio de voz.
─ Ele não abriu a boca para falar nadinha comigo, mas eu sei. E tenho certeza de que vocês estão brigando por bobeira. Por experiência própria, não percam tempo com besteiras.
─ Ah, Mônica... mas não é tão simples assim.
─ Serena, sei quem você é. No dia que você me perguntou sobre o emprego de jornalista, desconfiei. Minha filha sou velha, mas não sou boba... liguei os sobrenomes. Meu filho tava tão ocupado investigando algo que não sei ainda, que não ligou os nomes logo. Mas nós sabemos que você ainda esconde algo. Por que você não se abre comigo?
Serena ficou quieta por alguns minutos. O céu estava muito azul e o sol brilhava forte. Lucas estava se divertindo com os patos. De repente, o ar começou a faltar e Mônica começou a sumir da sua vista.
─ Dario!!! ─ só escutou Mônica gritando e tudo sumiu da sua frente.

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