segunda-feira, 10 de novembro de 2008

CAPÍTULO VIII (FINAL)

Era um dia lindo de sol. As flores haviam desabrochado e Serena acenou para sua mãe. Ela estava linda com um vestido florido lilás. Lilás era sua cor favorita. Marina estava sorrindo e segurando uma criança... era Lucas. Serena estava em pé na entrada de uma casa grande... mas a mãe não se aproximava. Ela se perguntava o porquê desse distanciamento. De repente, um homem alto surge ao lado da mãe e a puxa. Era seu pai, Juca. Ele estava com a mesma expressão desagradável de sempre. Os três somem num piscar de olhos. Serena fica assustada e chama pela mãe. Percebe que a casa sumiu... estava num cômodo agora... a porta se abre e o pai volta. “Você vai comigo, Serena, minha filha! Seu lugar é junto da sua família!”. Serena grita quando ele a segura pelo braço, mas uma outra pessoa entra e abraça. “Ninguém vai te ferir, meu amor! Vou proteger sempre!”. Era Dario. Lindo como sempre. E se deu conta que amava muito aquele policial.

Serena abriu os olhos e se viu num quarto de hospital.
─ Dario? ─ chamou a única pessoa que importava naquele momento.
─ Minha filha, Dario foi levar Lucas para ficar com Martha hoje à noite. ─ respondeu Mônica, que estava sentada numa cadeira ao lado da cama. ─ Ele já deve estar voltando.
─ Mônica, eu descobri...
─ O que, minha filha? ─ perguntou, paciente.
─ Eu amo seu filho... muito... será que ele... ─ mas adormeceu de novo.
Mônica sorriu e levou à mão a testa de Serena. Sabia que essa menina precisava de muito carinho. Quando olhou para a porta, viu seu filho. Ele estava visivelmente emocionado, mas sorria.
─ Mãe, o que será que ela ia perguntar?
─ Acho, meu filho, que ela ia perguntar se você a ama também. Você a ama? Filho, essa menina tem medo de amar. Alguma coisa aconteceu a ela no passado e algo me diz que tem mais alguma coisa nessa história que nós não sabemos.
─ Eu também sinto isso. Mas resolvi respeitar o tempo que ela precisa, mãe. ─ disse, com voz baixa. ─ Vou dar um pulo na delegacia e já volto.
─ E mãe? Eu a amo muito sim. ─ disse antes de fechar a porta.
Mônica apagou a luz e voltou a se sentar na cadeira. Estava preocupada com Serena. Mas não sabia por quê.

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