segunda-feira, 10 de setembro de 2007

CAPÍTULO III (CONTINUAÇÃO)

– Não posso. Tenho que terminar de escrever essa matéria ainda hoje.
– Está bem. Vou andando então. Tchau, Lisa.

Dizendo isso, Serena juntou suas coisas, não esquecendo de seu rádio gravador e seu bloco de anotações, e foi pegar seu carro. Quando chegou ao local, que já se encontrava cheio, pegou um espelho na bolsa e deu uma ajeitada na aparência. Sabia que era importante estar bem arrumada e séria. Fechou o carro e entrou no prédio.

– É de algum jornal? – perguntou uma moça, na entrada.
– Sou do Jornal da Vista.
– Preciso ver seu crachá.
– Ai, meu Deus. Desculpe... – Serena abriu sua bolsa, mas tinha tanta coisa dentro, que não estava conseguindo achar o seu crachá.
– Eu vou ver se esqueci no carro e já volto.

Serena estava começando a ficar bastante nervosa. Só faltava ter esquecido o bendito crachá na sua mesa de trabalho. Virou para retornar para carro ainda procurando dentro da bolsa e acabou colidindo com um homem parado atrás dela. No susto, acabou derrubando a bolsa e a maior parte de seu conteúdo foi parar no chão.

– Perdão, senhorita.
– Foi minha culpa, senhor. – disse Serena abaixando na mesma hora para juntar suas coisas.
– Deixe-me ajudá-la.
– Não se preo... – ia começar a dizer quando olhou para o desconhecido. Por um momento, esqueceu o que ia dizer. Era o homem mais bonito que já tinha conhecido. Moreno, forte, com cabelos e olhos castanhos. E era policial!
– Era isso que estava procurando? – perguntou ele com um crachá nas mãos, trazendo ela para a realidade.
– Era sim. Como sabia?
– Eu escutei sua conversa.
– Ah...
Pegou o crachá e terminou de juntar suas coisas rapidamente.
– Muito obrigada! Preciso ir agora. – disse e entrou no prédio, fugindo assim do estranho policial. E dos seus estranhos sentimentos.

Nenhum comentário: