quarta-feira, 12 de setembro de 2007

CAPÍTULO III (CONTINUAÇÃO)

(...)

O salão principal estava lotado e havia muitos repórteres. Havia flores enfeitando o salão, mas a recepção iria ocorrer no amplo jardim do orfanato. Este estava muito enfeitado e havia um pequeno palanque montado com um microfone no meio. No centro do jardim, muito florido e arborizado, tinha uma mesa de buffet e alguns garçons circulavam com bebidas.

Serena encontrou o fotógrafo do jornal e pediu que tirasse fotos do jardim e da entrada do orfanato. Também pediu que não esquecesse de tirar fotos das crianças que corriam de um lado para outro. Tinha crianças de variadas idades e todas estavam vestidas com seus uniformes do local, mas de muito bom gosto.

– Olá crianças!– exclamou sorrindo se aproximando de um grupo delas – Meu nome é Serena. Como se chamam?
Todas as crianças disseram os nomes praticamente ao mesmo tempo.
– Vamos com calma. Sou repórter do Jornal da Vista. Vocês conhecem?
Apenas duas crianças responderam afirmativamente.
– É um jornal onde saem as principais notícias da cidade de vocês! Sabiam que hoje está acontecendo um evento especial?
– Não. – responderam.
– Pois é sim. Hoje é um dia em homenagem a vocês, sabiam disso? Por isso gostaria de entrevistar vocês. Posso?
– Simmm!– todas responderam alegres.
– Bom, então vamos começar a dizer o nome de vocês... mas um de cada vez! – pediu com um sorriso, pegando seu bloco de anotações e gravador.
Serena anotou pacientemente o nome de cada uma delas. Depois perguntou a opinião delas sobre a vida que levavam e sobre o orfanato. Todas gostavam muito do orfanato e acharam que a reforma melhorou bastante as condições do lugar.

– Agora tenho uma cama só minha! E brinquedos! – foi a resposta de uma menina que não passava dos cinco anos.
– Fizeram também um parque cheio de brinquedos para nós! –respondeu um menino.
– Vejo que vocês estão muito felizes! Agora me diga do que sentem falta?
Todas as crianças se calaram de repente.
– Acho que posso responder por todos aqui. – se prontificou um menino de treze anos – Sentimos falta de uma família. Tive mãe até meus nove anos e sei o que é ter uma família, mesmo que pequena.

Serena sentiu os olhos ficarem cheios de lágrimas. Imaginava o sofrimento dessas pequenas e inocentes crianças.
– Posso dizer uma coisa a vocês? Vocês acabaram de ganhar uma amiga leal. Sempre que eu puder venho brincar com vocês. Mas quero que vocês tenham algo em mente... não importa o que houver, sempre lembrem-se que vocês têm uns aos outros. Não há nada mais importante que a amizade sincera de um amigo. Muitas vezes é a única coisa em que podemos confiar!

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